Pouco discutido, esse tipo de transtorno, dificilmente, é admitido pelo paciente e pode trazer várias consequências que vão desde o isolamento a infestações de vetores causadores de doenças. Entenda.

Acumulando

O transtorno de acumulação compulsiva é caracterizado pela necessidade que o paciente tem de juntar animais de estimação, objetos, embalagens, itens colecionáveis e etc. É uma situação que causa imenso desconforto ao acumulador e sua família. Além de evidenciar um problema psicológico, também é uma situação relacionada à saúde física, pois tanta coisa acumulada favorece à proliferação de insetos e outros vetores causadores de doenças.

A simples ideia de se livrar de algum dos objetos acumulados causa sofrimento e ataques de ansiedade ao acumulador. Alguns portadores dessa síndrome podem até roubar para adquirir mais itens para sua “coleção particular”.

Dissonância cognitiva

Na maioria dos casos, os acumuladores sofrem de uma dissonância cognitiva, que pode ser definida como um distanciamento entre as atitudes ou comportamentos que a pessoa acredita serem certos e o que realmente é praticado. Esse dilema existencial pode vir a produzir muito sofrimento ao paciente. A distorção faz com que o acumulador não perceba a gravidade do próprio problema, já que a ideia de se livrar de quaisquer objetos é angustiante, maior do que as dificuldades de viver no ambiente insalubre que criou.

Ao identificar o problema, o paciente deve passar por ajuda psicoterapêutica ou psiquiátrica. Através de terapias e, em alguns casos, com ajuda de medicação, é possível que o acumulador comece a se reconectar com uma realidade menos distorcida e entender que aquilo está lhe fazendo mal.

O apoio da família e dos amigos é fundamental, já que os casos de acumulação são subnotificados. É preciso falar abertamente sobre o tema e oferecer ajuda.

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