Um medicamento comumente usado para tratar febre e dores, a dipirona pode oferecer riscos à saúde. Entenda melhor.
Entendendo mais sobre a dipirona
Você sabia que a dipirona é proibida nos EUA e parte da Europa? Isso por causa da agranulocitose, um possível efeito colateral do medicamento, que pode levar a uma grave alteração no sangue, prejudicando as células de defesa do organismo.
No Brasil é um fármaco vendido sem receita, encontrado não só em farmácia, como em mercados e até bares. Para se ter ideia do consumo da droga, mais de 215 milhões de doses de dipirona foram comercializadas no país apenas em 2022, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ainda há alguns mistérios envolvendo o seu funcionamento no organismo, mesmo após 100 anos de sua criação. A principal suspeita é que o remédio atue contra uma molécula inflamatória conhecida como COX, presente no sistema nervoso central. Ao inibi-la, a dipirona teria o poder de aliviar a inflamação por trás da dor ou da febre.
A dipirona foi alvo de uma grande pesquisa realizada na América Latina que ficou conhecida como Latin Study. Durante quase 4 anos, cientistas de Brasil, Argentina e México se dedicaram a estudar dados de mais de 500 milhões de pessoas.
Nesse universo, foram identificados 52 casos de agranulocitose — o que representa 1 caso para cada 3 milhões de pessoas, aproximadamente. O trabalho latino ainda mostrou que esses episódios de alteração sanguínea grave são relativamente mais comuns em mulheres, crianças e idosos.
A melhor dica diante desse cenário é nunca tomar remédio por conta própria e consultar o seu médico sobre os riscos e reações possíveis de um medicamento.
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